A presença de mercados autônomos no cenário brasileiro tem deixado de ser exclusividade de condomínios fechados. Impulsionado por inovações tecnológicas e mudanças no perfil de consumo, o modelo de loja sem atendentes presenciais agora começa a ocupar também bairros e vias públicas, sinalizando uma ampliação relevante na forma como o varejo opera nas cidades.
Segundo a consultoria Euromonitor International, o varejo automatizado cresce globalmente a uma taxa superior a 10% ao ano. No Brasil, esse avanço é favorecido pelo amadurecimento de tecnologias como sensores inteligentes, sistemas de autoatendimento e pagamentos via aplicativo, permitindo que o formato alcance áreas públicas e comerciais com maior facilidade. Fonte: Euromonitor International
Um dos empreendedores que apostaram nesse modelo é Ivan Damha, que estruturou uma rede com quase 100 unidades de mercados inteligentes. Atualmente, essa experiência contribui para o desenvolvimento de uma rede de franquias que opera sob o nome Pegue Aki, voltada à implementação de lojas autônomas em pontos variados como centros urbanos, bairros residenciais e cidades de menor porte. As unidades funcionam 24 horas por dia, com gestão remota e operação automatizada.
De acordo com a Associação Brasileira de Automação para o Comércio (AFRAC), o uso de soluções de autoatendimento cresceu 40% entre 2020 e 2023, refletindo a aceitação crescente de modelos alternativos no varejo. Fonte: AFRAC
A Pegue Aki é uma das franquias que buscam ampliar o acesso a esse tipo de comércio fora dos ambientes privados. O formato propõe uma estrutura de baixo custo operacional, sem filas e com compra fluida por meio de tecnologia embarcada. O objetivo é atender comunidades diversas com uma alternativa viável de comércio essencial e adaptável a diferentes contextos urbanos.
Embora novas frentes estejam sendo exploradas, o crescimento das lojas autônomas representa uma reconfiguração da lógica tradicional do varejo. Ao descentralizar o ponto de venda e eliminar a necessidade de operação presencial, esse modelo reforça a tendência de digitalização e conveniência no consumo cotidiano.

